quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Pai xapanã e seus arquétipos

Xapanã

Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele,com estas normalmente castiga quem merece. É chamado de Senhor da Varíola. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, é um dos Orixás que responde junto com Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos. Dono das doenças em geral. As pessoas dedicadas a este orixá mostram-se sofredoras, são capazes de abster-se de suas necessidades e interesses para consagrarem o bem-estar dos outros.

Lenda sobre Xapanã:
 Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os Orixás. Porém, ele não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê estava animado, os orixás dançavam alegremente. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o Deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Assim eles tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. 

Arquétipos dos filhos de Xapanã:
Os filhos de Xapanã são pessoas com tendência masoquista, que gostam de exibir seus sofrimentos e as tristezas das quais tiram uma satisfação íntima. Pessoas que são incapazes de se sentirem satisfeitas quando a vida lhes corre tranquila. Podem atingir situações materiais invejáveis e rejeitar, um belo dia, todas essas vantagens por causa de certos escrúpulos imaginários. Pessoas que em certos casos sentem-se capazes de se consagrar ao bem-estar dos outros, fazendo completa abstração de seus próprios interesses e necessidades vitais.
Características Positivas: 
Pensativos, prestativos, sinceros, honestos, desinibidos, sóbrios, equilibrados, decididos e falantes.
Características Negativas:
Rabugentos, ranzinzas, são do tipo nervosos e ansiosos, vingativos, jamais esquecem uma ofensa.

Qualidades: Jubetei, Belujá, Sapatá 
*Jubetei: É o mais jovem.
*Belujá: Responde com os Orixás de praia. É o Xapanã de meia idade.
*Sapatá: Responde na lomba e nas encruzilhadas. É o velho, o feiticeiro, o deus da varíola e das doenças de pele. 
Saudação: Abá Ô: Ele está entre nós!
Dia do ano: 17 de dezembro
Dia da Semana: Quarta-feira
Flor: Lírio roxo
Comida: Fígado de gado bem picadinho misturado com farinha de mandioca, pipoca e amendoim
Doce: Rapadura de amendoim
Animal de estimação: Cachorro e mosca
Função: Limpeza, doença
Número: 07
Cor: Roxo
Ferramentas: Foice, vassoura, gadanho, relho de crina de cavalo, moedas, búzios
Frutas: Abacate, maracujá, amora
Ervas: Losna, picão, funcho
Legumes: Beterraba, feijão, pimenta, pimentão
Ajuntós:
*Jubetei: com Oiá, com Obá
*Belujá: com Iansã, com Oxum Olobá
*Sapatá: com Iansã, com Obá

quinta-feira, 27 de abril de 2017

Arissun atete Eru o ritual dá morte.

ARISSUN, OU O RITUAL DA MORTE.

                             Ritual de Herú e sua importância!




Nos dias de hoje está complicado fazer este ritual, pois como muitos praticam três religiões completamente distintas uma das outras (Umbanda, Quimbanda e Nação) estão fazendo a maior bagunça.
Bom se a pessoa pratica as três coisas, em cada uma deverá realizar seus devidos ritos, porém ARISÚN OU HERÚ, só pertence a NAÇÃO!
E não podemos de maneira nenhuma misturar esses ritos!
O Arisún é uma obrigação milenar direcionada especificamente para os praticantes das religiões negras de matriz africana.
O mesmo começa no exato momento em que é comunicada a morte do Baba ou Iya, pois neste instante deverá ser realizado o rito de despachar o Bará, e arriar todas as suas quartinhas e obrigações.
O Finado(a) deverá ser vestido com axó e o caixão devidamente preparado para poder ir para capela.
Na capela deverá ser feito o ritual do Bori e guias, e serem depositados todos os Ecós necessários.
Algumas Bacias usam um Ateté especifico para fechar o caixão.
Somente prontos poderão participar do transporte, isso porque neste momento também será realizado um rito específico onde o caixão será embalado em um ateté próprio, este eu irei escrever a pedidos. (T: O Ateté Colaô R: Fara fori balé e o ateté colaô fara fori balé...) existem algumas variações, mas de uma forma ou outra não variam muito um do outro.
Todos os prontos que forem transportar o caixão deverão estar neste momento fazendo o rito dos lenços brancos.
Na hora de se enterrar o caixão, deverá ser tirado de acordo com algumas nações o ateté do Orixá da pessoa e um Ateté especifico que deverá ser tirado enquanto punhados de terra são jogados no caixão.
Após o enterro todos deverão realizar o rito dos palitos.
Na madrugada do sexto dia deverão ser iniciados os ritos necessários para o Inicio do Arisún que deverá se encerrar após a missa de sétimo dia. (Ebó dos Eguns, Abertura do Balé, almoço, ritual do café e janta, roda para dos Eguns, rito do saco.... limpeza e finalização com despacho)
Não especifiquei os ritos, somente os listeis, pois são segredos de nossa religião, e para cada nação existe uma variação!
Mas de uma forma geral tudo é muito parecido!
O mais importante de tudo é que existem regras e procedimentos que devem ser respeitados, não se pode misturar os ritos de Umbanda, Nação e Quimbanda, pois elas são RELIGIÕES COMPLETAMENTE INDEPENDENTES E DIFERENTES UMA DAS OUTRAS!
DEVEMOS RESPEITAR AS NOSSAS BACIAS E AQUILO QUE APRENDEMOS, O INÍCIO DA VIDA RELIGIOSA DE UM FILHO É SUPER IMPORTANTE, POIS DEFINIRÁ A VIDA DESDE RELIGIOSO, O FIM TAMBÉM, POIS IRÁ LIBERTAR ESTE FILHO PARA SUA NOVA VIDA ESPIRITUAL!
VAMOS RESPEITAR NOSSOS ANCESTRAIS E BACIAS! ADUPÉ!
PAI ANDRÉ DE OGUM

ORUMILAIA




Orixá da adivinhação.
Dia da semana: domingo.
Cor: Branco, que representa a clareza, discernimento, o dom do entendimento. Preto, representa o mistério que está por vir, o oculto, aquele que somente é revelado a quem procura entender.
Guia: 1 conta branca e 1 conta preta.
Ferramentas: jóias em prata, caramujo, sol (luz solar), cajado, pomba de prata, um par de olhos moedas e búzios.
Lugar de oferendas: rio e mar.
Aves: galinha preta para a feitura de búzios, galinha branca para o Orixá.
Pombo: brancos.
Quatro - pé: cabrita branca.
Peixe: pintado.
Frutas: uva branca, coco, pera d'água, pêssego branco, noz, baunilha, lima, araçá, ameixa preta.
Flor: todas as brancas.
Características: Recebe o título de Oxalá porque é aquele que conhece os mandamentos e toda adivinhação de passado, presente e futuro.
Saudação: Epao Epa Babá.

terça-feira, 11 de abril de 2017

Lorogun - rito de guerra

Lórògun - Rito de Guerra


O modo de produção econômico principal entre os povos africanos é a agricultura. A produção excedente é comercializada em grandes mercados. Mas a agricultura é uma atividade muito frágil: o tempo (incontrolável) e a mão-de-obra são fatores determinantes para a economia de uma região. Por isso muitos povos, na ansiedade de garantir uma subsistência durante o ano todo, travavam conflitos com a intenção de dominar regiões e assim cobrar tributos desses reinos. Com os iorubás não era diferente.
Existe ainda hoje um grande reino iorubá, no estado de Oxum, chamado Ijexá, origem da nossa Nação gaúcha. Este reino possui sua capital na cidade de Ilexá, onde cultua-se o Orixá Obokun que, embora sendo um Orixá da criação (Oxalá), é um guerreiro poderoso, tão importante na região que dá título ao rei (Obá Obokun).
Ogedengbe Obanla
Chefe guerreiro de Ijexá
Os Ijexás são um povo extremamente guerreiro. Travaram muitas guerras contra outras etnias iorubás para a manutenção dos seus domínios. E é aqui que entra a questão religiosa.
Para povos religiosos, como os iorubás, todas as instâncias da vida são sagradas, inclusive a guerra. É comum para muitos povos que, em tempos de paz, sejam realizados rituais (cantos, danças, beberagens, festins) de guerra. Na teologia desses povos não são apenas as pessoas que vão para a guerra, mas também suas divindades, os Orixás, e é aí que surge esse rito chamado de Lórògun (Rito de Guerra, em iorubá), ou como chamamos aqui “Mandar os Santos (ou Orixás) para a Guerra”.
Esse ritual consiste em três partes: a ida dos Orixás à guerra, o período de abstinência e o retorno dos Orixás. Na primeira parte, realizada à noite, os Orixás guerreiros se manifestam em seus “cavalos” durante um pequeno orô (rito). Após, o quarto-de-santo ficará fechado. Inicia-se então a segunda parte onde devemos nos abster de bebidas alcoólicas ou revitalizantes, carnes, sexo (diz-se que um filho concebido neste período poderia nascer com espírito brigão), qualquer coisa que nos agite, pois podem se transformar em brigas com consequências trágicas. Simbolicamente, este período de abstinência serve para nos lembrar dos períodos de guerra onde a comida é escassa e os nervos estão à flor da pele. A terceira parte é o retorno dos Orixás para casa, ritual realizado na parte da manhã, é uma grande festa de recepção onde todos os Orixás se manifestam. O sentimento é de alegria pelo Seu retorno, o que também simboliza o retorno a normalidade.
Na transposição dessa cultura ao Brasil, na época da escravidão, todos os rituais africanos tiveram que ser adaptados ao calendário católico. Assim, esse ritual africano é realizado na semana santa, com a primeira etapa na quarta-feira, a segunda na quinta e sexta-feira, e a terceira no sábado pela manhã.
Por causa da adaptação ao calendário litúrgico católico, muitas pessoas que desconhecem a história e os propósitos desse ritual, usaram a ideologia cristã para explicá-lo, mas como podemos ver esse ritual é tipicamente africano, faz parte das nossas raízes mais remotas e devemos realizá-lo com muito respeito e reverência.

domingo, 9 de abril de 2017

Lendas oya

Lendas - Oyá Ygbalé/ Iansã do Balé

Iansã é a dona dos ventos e tempestades, em sua essência é a senhora dos movimentos, das ações. Uma guerreira incansável que é inconstante e rápida, não espera nada vir para sua mão, tem gosto de ir buscar seja o que for, aonde quer que esteja. Foi isso que a fez ganhar essa qualidade.

Oyá estava cansada de se ver submissa ao domínio dos orixás masculinos, que eram detentores do poder. Então saiu pelo mundo visitando o reino de cada orixá-homem com a intenção de ter esses poderes também para si.

Ganhou nas matas o domínio do Ofá e Oxóssi lhe ensinou a se disfarçar de Búfalo, ganhando a sua pele e seus chifres. Na Forja aprendeu com Ogum a brandar a espada e a lutar exíminiamente. Com Xangô, sua parte masculina, aprendeu a manipular o fogo e a controlar os relâmpagos. Com Oxaguiã aprendeu a arte do pilão e assim por diante.

Andou o mundo até chegar no reino de Omulú. Lá tentou de tudo, mas o Orixá não se rendia a seus encantos. Se vendo sem alternativas Oyá dançou no vento pelos sete cantos do mundo em homenagem ao senhor da terra, que sequer se comoveu com o ato ousado da iabá.

Omulú já era bem velho, e conhecia o comportamento intempestivo de Iansã, mas se surpreendeu quando percebeu que ela, sem mais artifícios, prostou os joelhos no chão e pediu Agô. Pediu humildemente que Omulú lhe desse alguma sabedoria, e o velho vendo que finalmente ela havia entendido o que ele queria passar lhe entregou o domínio do cemitério e a responsabilidade das almas que lá se encontram.

Com seu Eruexim, instrumento sagrado feito com rabo de cavalo e cobre ou seu ramo de Mariwó, folha do dendezeiro, conduz os espíritos desencarnados para o Orúm ( Céu). Assim como não permite que os Eguns, espíritos, perturbem os vivos.

Ganhou o nome de Oyá Igbalé (cemitério).

Essa qualidade de Iansã, diferente das outras, se veste totalmente de branco ( como sinal de luto pelas almas desencarnadas que comanda).

segunda-feira, 27 de março de 2017

Orixá xapana rezas

TERÇA-FEIRA, 13 DE AGOSTO DE 2013

TRADUÇÃO DAS REZAS DE XAPANÃ

Xapanã

Saudação:
Tamboreiro - A júbà Sònpònnó jubéteyi bèlújá sápatà, Sònpònnó’ bàlúwàiyé, mólù. A ba ou! (Respeitamos o Xapanã que supera, corta e se manifeste perseverante atravessando o povo, corre e mata os inimigos. Xapanã, rei do povo, vem ao mundo limpar e golpear. Inclinamo-nos perante a ti!)
Responder - Ao ba ou! (Inclinamo-nos perante a ti!)
 
 

T - Jàró jàró Onídán koko ou ní jàró (Descobre as mentiras realizador de milagres, você tem que descobrir as mentiras)
R - Jàró jàró Onídán koko ou ní jàró (Descobre as mentiras realizador de milagres, você tem que descobrir as mentiras)
T - Mú jà mú jà, ké ri mú jà, mú jà mú jà, ké ri mú jà wò (Apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se e cuide)
R - Mú jà mú jà, ké ri mú jà, mú jà mú jà, ké ri mú jà wò (Apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se, corte, olhe, apanhe, esforce-se e cuide)
T - Mo b’ lè fò jàró mo b’ lè fò jàró (Eu rogo à terra, olha e descobre os enganos)
R - Mo b’ lè fò jàró mo b’ lè fò jàró (O conhecimento rogo à terra, olha e descobre os enganos)
T - Àsà j’ewo já fun wa wó ao ba ou erúnmalè (Na tradição violar a tradição nos derruba, nos faz cair, inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
R - Ao sá jé nú yà fun wa wó ao ba ou erúnmalè (Pedimos que permita limpar-nos livrando da queda. Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
T - Ao ba ou erúnmalè (Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
R - Ao ba ou erúnmalè (Inclinamo-nos perante a ti, espírito de luz)
T - Okùn yé aiyé! (Salve portador da coroa de contas no mundo)
R - Ààyé yé ààyè (Vida por favor, vida)
T - Èle mo b’ lè fá tàlà bò lànà (Eu rogo à terra que limpe a violência, retorne do começo abrindo os caminhos)
R - Ao sá jé nú ba òní, òní oba ou já, ao sá jé nú ba òní (Pedimos que permita limpar-nos e inclinarmos. Hoje seu rei destrói, pedimos que permita limpar-nos e nos inclinarmos)
T - Tàlà fò wá ou! E lè fá tàlà fun malè (Oh! Do começo vem olhando, senhor pode limpar desde o princípio para os espíritos de luz)
R - Tàlà fò wá ou! E lè fá tàlà fun malè (Oh! Do começo vem olhando, senhor pode limpar desde o princípio para os espíritos de luz)
T - Èké ba ou, iná ba ou, iná ba ou, eb l’isé ode (A mentira se dobra perante a ti, o fogo se dobra perante a ti. Você exige trabalhar fora [ter seu assentamento separado do resto dos Orixás])
R - Èké ba ou, iná ba ou, iná ba ou, eb l’isé ode (A mentira se dobra perante a ti, o fogo se dobra perante a ti. Você exige trabalhar fora)
T - Ààyè adé’lú a lùpa ju mule (Vida coroa do povo, nós matamos com um golpe e superamos os juramentos inquebráveis [cumprimos com eles])
R - Ààyè... Adé’lú a lùpa ju mule (Vida... Coroa do povo, nós matamos com um golpe e superamos os juramentos inquebráveis)
T - E lù e lùpa ju mule, e lù e lùpa ju mule wò (Senhor golpeia, mata com um só golpe, supera os juramentos inquebráveis e observa)
R - E lù e lùpa ju mule, e lù e lùpa ju mule wò (Senhor golpeia, mata com um só golpe, supera os juramentos inquebráveis e observa)
T - Oko ru mã oko ru mã afá bá meu ba orò (O campo oferece sempre, o campo oferece sempre uma ponte para me encontrar reverenciando o espírito) 
R - Aiyé aiyé oko ru mã oko ru mã afá bá meu ba orò (O mundo dos antepassados do campo oferece sempre, o campo oferece sempre uma ponte para me encontrar reverenciando o espírito)
T - A ju ìjà sei lù sei lù (Nós permitimos a luta, age e golpeia, age e golpeia)
R - A ju ìjà kò o kò o (Nós permitimos a luta não vá, não vá)
T - A ju ìjà kò o kò o (Nós permitimos a luta não vá, não vá)
R - A ju ìjà sei lù sei lù (Nós permitimos a luta, age e golpeia, age e golpeia)
T - L’epo l’epo l’epo (Use o azeite de dendê, use o azeite de dendê)
R - Kó lè janjan kó lè’são (Pode recolher intensamente com o instrumento de rabo de cavalo)
T - Níyà níyà níyà (Castigue, castigue, castigue)
R - Kó lè janjan kó lè’são (Pode recolher intensamente com o instrumento de rabo de cavalo)
T - E mú jà, mú jà, mú jà k’otà (Senhor recolhe e luta, recolhe e luta, recolhe, luta e corte os inimigos)
R - E mú jà, mú jà, mú jà k’otà (Senhor recolhe e luta, recolhe e luta, recolhe, luta e corte os inimigos)
T - Jà kó pani, jà kó panígbe (Lute, recolha-os, que sejam assassinados, lute recolha-os, faça-os chorar)
R - Jà kó p (Lute, recolha e mate)
T - Sònpònnó mo bè l’èrù òrìsà mo bè l’èrù (A Xapanã eu rogo no medo, ao Orixá eu rogo no medo)
R - Ààyè èrù malè wó (Rompe os medos da vida, espírito de luz)
T - Sàkpàtà ku’lha meu (Xapanã paralisa meu inimigo)
R - Olomi l’awo (Dono da água na pele)
T - Sàkpàtà ku egba mo (Xapanã paralisa o chicote destruidor)
R - Olomi l’awo (Dono da água na pele)
T - Sàkpàtà òb nem tè õwo (Xapanã, a faca tem que pressionar o furúnculo)
R - Sàkpàtà òb nem òbe nem tè õwo (Xapanã, a faca tem que pressionar o furúnculo)
T - E lè’gbára òní tè òbe l’awo, agbára oni tè òbe l’awo (Senhor, pode com força pressionar a faca na pele, com força hoje pressione a faca na pele)
R - E lè dáàdáá’ gbára òní tè òbe l’awo (Senhor, pode ser bondoso, com força hoje pressione a faca na a pele)
T - Àk’ara lókè lókè lókè (Recolhe o corpo suave, suave, suave)
R - Àk’ara lókè lókè lókè àk’ara (Recolhe o corpo suave, suave, suave, recolhe o corpo)
T - Sàkpàtà sou bo wè onà ìsó a ní só bò (Xapanã olhe e entra, ampara nosso caminho e nos protege, nós temos amparo)
R - Sàkpàtà sou bo wè onà ìsó a nem só bò (Xapanã olhe e entra, ampara nosso caminho e nos protege, nós somos protegidos, entra)
T - Só bo wè meu Sàkpàtà l’arun yé sou bo ibè ná súré mã Sàkpàtà má bé sà wè (Olhe, entra e nos ampara Xapanã, me cure na enfermidade, olhe, entra e te manifeste correndo sempre. Xapanã não corte a aplicação da medicina e o banho)
R - Só bo wè meu Sàkpàtà dêem Sun sé só bo ire ná sure ba Sònpònnó ààyè ààyè (Olhe, entra e me ampara Xapanã, estou necessitado, olhe, entra com bênção, te manifeste correndo escondido Xapanã. Vida, vida)
T - Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sei ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! E lù ga mã mó sÉ ké’bà amodi sou, e odara ! (Ampara e age, cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! Senhor golpeia e limpa, age cortando a febre, varrendo a enfermidade e tirando-a, senhor nos faça ficar bem)
R - Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Mó sé ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, yé ààyè! Mó sei ké’bà, mó sé ké’bà amodi sou, e lè wá ra! (Ampara e age cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! Ampara e age cortando a febre, varre a enfermidade e tire-a, por favor, vida! É seu dever reparar!)
T - Ara mó ké lè mã jó, ara mó ké lè mã jó, mó ké lè mã, mó ké lè mã, òb w’ara mó ké lè mã jó (Limpe o corpo e corte que poderá sempre dançar, ampara, corta, usa sempre a dança e a faca para limpar o corpo e cortar, poderá sempre dançar)
R - Ara mó ké lè mã jó, ara mó ké lè mã jó, mó ké lè mã, mó ké lè mã, òb w’ara mó ké lè mã jó (Limpe o corpo e corte, que poderá sempre dançar, ampara, corta, usa sempre a dança e a faca para limpar o corpo e cortar, poderá sempre dançar)
T - Sàkpàtà bá r’arun dê Sàkpàtà ra wè, òní dê, Sàkpàtà bá r’arun dê Sàkpàtà ra wè, òní dê wò (Xapanã encontre e repara a enfermidade, chega Xapanã, te manifeste hoje, chega para banhar e vigiar)
R - Bá’ ra sei rà kún dê sà sà ru wè, ou nem pè wò, bá’ ra sei rà kún dê sà sà ru wè, ou nem pè wò (Encontre o corpo, faz o reparo ocupando-o, chegando, aplicando medicina e conduzindo o banho, você é o que chama pra cuidar)
T - Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kó lè’ san Sàkpàtà oníre bè’lú’ são (Xapanã dono de bênçãos, a morte superamos com bênção. Xapanã dono de bênçãos, recolha e capacite o instrumento de rabo de cavalo. Xapanã dono de bênçãos, rogue pelo povo com o instrumento de rabo de cavalo)
R - Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kú a ju’ ré Sàkpàtà oníre kó lè’ san Sàkpàtà oníre bè’lú’ são (Xapanã dono de bênçãos, a morte superamos com bênção. Xapanã dono de bênçãos, recolha e capacite o instrumento de rabo de cavalo. Xapanã dono de bênçãos, rogue pelo povo com o instrumento de rabo de cavalo)
T - Bá’ ra bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà lóke lè mã bá’ra meu’ sòro (Usa meu corpo Xapanã, te manifeste em mim. Xapanã suba e venha sempre usar meu corpo e te expressar)
R - Bá’ ra bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà bá’ meu ra’ sorò Sàkpàtà lóke lè mã bá’ra meu’ sòro (Usa meu corpo Xapanã, te manifeste em mim. Xapanã suba e venha sempre usar meu corpo e te expressar)
T - O’ bà mbò mã’ ra ká já mã’ ra ká já fi òa e wò (A febre violenta está vindo sempre ao corpo, recolha-a e cure-a senhor, cuida)
R - O’ bà mbò mã’ ra ká já mã’ ra ká já fi òa e wò (A febre violenta está vindo sempre ao corpo, recolha-a e cure-a senhor, cuida)
T - Ori móko dê là ibà bá l’èkó (Que a cabeça prevaleça, chega que aparece a febre, nos ensina a deixá-la pra trás)
R - Ibà mbò dê là ibà bá l’èkó (A febre está vindo, chega que aparece a febre, nos ensina a deixá-la pra trás)
T - L’epo l’epo l’epo (Use o azeite de dendê)
R - K’ara mbò kara mbò (Está vindo pra recolher o corpo)
T - Bè’lú jà bè’lú jó olóníyà (Roga pelo povo e luta, roga pelo povo dançando dono dos castigos)
R - Bè’lú jà bè’lú jó olóníyà (Roga pelo povo e luta, roga pelo povo dançando dono dos castigos)
T - Kári ré ma l’epo kún jà ré ma kári ré m l’epo kún jà ré ma (Benze os arredores sempre usando o azeite de dendê, se manifesta, luta e benze continuamente)
R - Wélé wá ou yàn yè kári ré ma l’epo kún jà ré ma kári ré ma l’epo kún jà ré ma (Vem lentamente e escolhe alguém nos arredores, benze sempre usando azeite de dendê, se manifesta, luta e benze continuamente)
T - Ààyè ààyè Sònpònnó là nú ké rè Sònpònnó là nú ké rè là nú ké rè ààyè ààyè (Vida, vida Xapanã. Aparece, ampara e corta o cansaço, vida, vida)
R - Ààyè ààyè Sònpònnó là nú ké rè Sònpònnó là nú ké rè là nú ké rè ààyè ààyè (Vida, vida Xapanã. Aparece, ampara e corta o cansaço, vida, vida)
T - Èké rè ké má ìtan (Se a mentira aumentar, acabe com essa história)
R - Èké rè ké má ìtan (Se a mentira aumentar, acabe com essa história)
T - Alápa dê! (Chega senhor da matança)
R - Ainon ribà ainon risé (Senhor da terra percebe a febre, senhor da terra percebe o trabalho)
T - Ga mã jà sékó súnmó bé’run omo r’erò (Elevado sempre te esforce para ensinar, cura as chagas do filho usando o remédio)
R - Ga mã jà sékó súnmó bé’run omo r’erò (Elevado sempre te esforce para ensinar, cura as chagas do filho usando o remédio)
T - Ga mã ru sun bè wò bè wò (Elevado sempre oferece um abraço, roga e cuida)
R - Ga mã ru sun bè wò bè wò (Elevado sempre oferece um abraço, roga e cuida)
T - Ké mó maa sé lò’ sei bè’ lú jà (Corta, rompe, sempre age fazendo trabalhos, rogando e lutando pelo povo)
R - Akòja ebo ma sei lò’ sei bè’ lú jà (Cumprimos o ebó sempre agindo, fazendo trabalhos, rogando e lutando pelo povo)
T - Gò gò gò se meu wa gò gò gò s’ara wè (Insensível, preguiçoso, atordoado, eu sou insensível e atordoado, banha meu corpo)
R - Àna rá wè éèdì oogun lai-lai (Limpe os feitiços com medicina eternamente)
T - Sou sou sou Sàkpàtà omi sou sou sou Sàkpàtà (Atira, atira água Xapanã, atira, atira, aftira, Xapanã)
R - Àna rá wè éèdì oogun lai-lai (Limpe os feitiços com medicina eternamente)
T - Só bò meu’ rókò (Me proteja, me cubra com a árvore sagrada)
R - Ààyè ààyè Sàkpàtà (Vida, vida Xapanã)
T - Á mã d’isé Sàkpàtà nísé wáiyé (Vem sempre, chega pra trabalhar Xapanã, tem trabalho na terra)
R - Sàkpàtà nísé wáiyé, Sàkpàtà nísé wáiyé (Xapanã tem trabalho na terra)
T - Sogbó e! Sogbó e! A morri sou a yé a morri sou Sàkpàtà wá morri sou (Nos faça crescer! Reconhece e protege nossas cabeças por favor, reconhece e protege nossas cabeças Xapanã, vem reconhecer e proteger a cabeça)
R - Sogbó e! Sogbó e! A morri só a yé a morri sou Sàkpàtà wá morri sou (Nos faça crescer! Reconhece e protege nossas cabeças por favor, reconhece e protege nossas cabeças Xapanã, vem reconhecer e proteger a cabeça)
T - Ga má se go, ga má lù’ pepe, ga má lù’ pepe, Sàkpàtà ga má se go (Elevado não golpeie, elevado não golpeie o tolo, elevado Xapanã não golpeie)
R - Ga má se go, ga má lù’ pepe, ga má lù’ pepe, Sàkpàtà ga má se go (Elevado não golpeie, elevado não golpeie o tolo, elevado Xapanã não golpeie)
T - Là nú’ pepe àga njeum’ bo (Salva e limpa o tolo que está comendo algo da oferenda)
R - Ga mã là nú’ pepe, là nú’ pepe àga njeum’ bo, ga mã là nú’ pepe (Elevado sempre salva, limpa o tolo, salva e ampara o tolo que está comendo algo da oferenda, elevado sempre aparece e limpa o tolo)
T - Á mã sá p yà, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! Sàkpàtà ire, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! (Venha continuamente cortar a ferida e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se Xapanã, benza e venha continuamente cortar as feridas e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se!)
R - Á mã sá p yà, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! Sàkpàtà ire, á mã sá p yà, á mã sá p yà deu e! (Venha continuamente cortar a ferida e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se Xapanã, benza e venha continuamente cortar as feridas e o inimigo com um golpe de facão, manifeste-se!)
T - E o má sá p’yò (Senhor é forte, não corte com um golpe de facão matando a alegria)
R - E o má k’elema (Senhor é forte, não corte a confiança)
T - Bá yá ké bá yayò (Venha logo e grite, venha festejar)
R - Bá yá ké bá yayò (Venha logo e grite, venha festejar)
T - Ga mã jà yò jà yò, ga mã jà yò jà yò Sàkpàtà kú’lha meu (Elevado, continuamente brigue e te alegre, brigue e te alegre Xapanã, mate meus inimigos)
R - Ga mã jà yò jà yò, ga mã jà yò jà yò (Elevado, continuamente brigue e te alegre, brigue e te alegre)
T - Ao ba ikò (Reverenciamos o mensageiro)
R - Páàpáà! (Eu mesmo, você mesmo!)
T - Ao ba ikò (Reverenciamos o mensageiro)
R - A mã s’èpè (Invocamos sempre seu amparo)
T - A lù pò! (Golpeamos muito [com as mãos])
R - Páàpáà! (Eu mesmo, você mesmo!)

domingo, 26 de março de 2017

Cristais na umbanda

CRISTAIS ,CORES E UMBANDA



Dizem os místicos que estudam a cristalomancia que as pedras possuem uma afinidade com os seres humanos. Ambos surgiram da ação das forças cósmicas. No início dos tempos, água e pedra não estavam separadas. Com a evolução, o homem ganhou vida e passou a ter órgãos dos sentidos e a Terra, pedras preciosas.
O poder dos cristais está diante de nós e não pode ser negado. Desde as culturas antigas do mundo, eram usados para curar e equilibrar o ser humano. Atualmente, eles são utilizados no mundo para muitas finalidades.
Até 1980 havia pouca informação no que concerne aos aspectos esotéricos e curativos dos cristais e ao seu uso remoto nas civilizações antigas. Os cristais possuem, além da característica beleza de suas formas e cores e do imenso uso tecnológico dos dias atuais, um mistério que remonta às civilizações antigas. Muitas tradições iniciáticas contam que o continente da Atlântida desapareceu nas águas do oceano devido ao uso incorreto dos cristais.
No Egito dos faraós, costumava-se cobrir as múmias das pessoas da aristocracia com pedras preciosas. Os antigos gregos conheciam o poder de regeneração dos cristais e os utilizavam em banhos de imersão. Acreditavam que agindo dessa maneira, conservariam a pele por mais tempo.
Na Índia, os cristais sempre foram usados como talismã para combater o mau olhado e atrair saúde e prosperidade. Os Maias, um dos povos mais evoluídos da América pré-colombiana, costumavam empregar os cristais no tratamento de doenças e nos rituais religiosos.
Nos dias de hoje os cristais são muito usados na cromoterapia que é a ciência que usa a cor para estabelecer o equilíbrio e a harmonia do corpo, da mente e das emoções. É baseada nas sete cores do espectro solar e cada cor tem uma vibração específica, atuando desde o nível físico até os mais sutís. Cada cor tem uma infinidade de aplicações, pois são utilizadas conjugadas a outras energias.
A cromoterapia através de suas cores energéticas reestabiliza o equilíbrio do organismo obtendo cura para vários males, pois o tratamento com cristais atinge não só o corpo físico, mas também todas as camadas áuricas e principalmente os chacras e o fluxo energético do corpo que corre entre eles.
Assim temos as aplicações de alguns cristais no tratamento de nosso corpo e do nosso espírito:
Turmalina preta – protege, afastando energias negativas, tornando-as positivas. Pedra muito boa para energização do fígado.
Quartzo branco – polivalente, serve para tudo. É estimulante, equilibra as energias, ativa e desativa energias. Limpa o campo áurico. Bom para o estresse.
Quartzo fumê – pedra indicada para concretização de pedidos. Boa para os ossos, pés, pernas e joelhos.
Quartzo verde – excelente para a cura de doenças. Age na energia da pessoa aumentando a simpatia. Ajusta o emocional e o físico, estabilizando os efeitos das tensões que provocam as doenças.
Esmeralda – esta pedra resgata a esperança. Traz-nos apoio nas situações adversas. Aguça a percepção dos sentidos, ampliando a sensibilidade. Ativa a sensualidade.
Granada – estimula e aumenta a coragem, ajudando-nos a tomar decisões. Indicada para a estafa física e para cansaço relacionado à sensualidade.
Citrino – pedra base para a realização pessoal. Efetiva na concretização de negócios, trabalho, emprego. Descomplica o cotidiano, esclarecendo as confusões mentais. Ajuda o aparelho digestivo.
Topázio – Pedra do progresso. Aumenta o grau de consciência para podermos produzir melhor. Enriquece em todos os sentidos. Auxilia o funcionamento do aparelho respiratório, podendo ser usada no tratamento de asma, bronquite, tosse.
Lápis Lázuli – usada principalmente para o desenvolvimento espiritual, indicada também para quem tem problemas de comunicação, de se expressar, falar.
Cristal Biterminado – este cristal estabelece ligações, abrindo caminhos. Cuida de todos os pontos de ligação do organismo, ossos, nervos, músculos. Conseqüentemente é indicado no auxilio para tratamentos de tendinite, bursite, reumatismo, coluna, problemas cerebrais, articulações. Ajuda a comunicação com as pessoas e auxilia a dissolver divergências entre as pessoas.
Drusa – (aglomerado de cristais brancos) estes revelam o lado positivo das coisas. Ajuda-nos a ver e trazer à tona a luz quando estamos envoltos em dificuldades. Clareia as situações. É uma pedra que estrutura a alma, equilibra tanto a pessoa quanto o ambiente. Traz-nos otimismo.
Ametista – é a pedra da renovação, da mudança de fase, serve para tudo. Abre o canal de espiritualidade. Nos ajuda na recuperação quando estamos em situações de perda. Cristal dotado de energia calmante, ajudando pessoas com problemas de insônia e tensão de todos os tipos. Também muito eficiente em dores de qualquer natureza, auxilia na cicatrização e nos casos de sinusite. É, portanto, uma pedra polivalente.
Sodalita – tem o poder de limpar as interferências externas e internas, nos ajudando nas inadequações, como por exemplo, pensar uma coisa e dizer outra. Auxilia as pessoas que têm problemas de falar e de se expressar de uma forma geral.
Olho-de-tigre – é uma pedra que descomplica as coisas, clareando nossos pensamentos, nos ajudando a enxergar os vários ângulos de uma questão.
Turqueza – trabalha diretamente a tristeza profunda, proporcionando alívio. Por conta desta qualidade auxilia no tratamento das depressões em geral.
Calcita – estabelece pontos de conexão entre pessoas e situações com dificuldade de achar o ponto de contato.
Quartzo rosa – pedra da harmonia e extremamente calmante. Auxilia-nos no resgate da auto-estima, elimina a carência afetiva e ameniza a depressão, a insônia, a ansiedade e a agressividade.
Na umbanda, sabemos a importância dos elementos da natureza para trazer a energia de um Orixá até nós e as entidades que dominam este conhecimento podem trazer uma infinidade de informações tanto no aspecto da cura como na atuação mágica. Um dos elementos que podemos utilizar para atrairmos determinadas energias ou padrões vibratórios específicos de cada Orixá são os cristais.
Utilizamos para:Orixá Exu – em geral as pedras pretas, que possuem a capacidade de lidar com energias mais densas e pesadas. A turmalina preta é capaz de transformar a energia negativa e dissolvê-la, nem que para isso ela se desfaça e vire pó. Sinal que cumpriu sua missão. Outras pedras deste Orixá: ônix preto e hematita.
Orixá Ogum – utilizamos os metais ou pedras metálicas para defesa como: magnetita, hematita. Já para o outro papel que Ogum exerce que é o direcionamento, podemos utilizar a sodalita, que contém em si este potencial. Outra pedra deste Orixá: granada.
Orixá Oxossi – utilizamos as pedras verdes, mas em especial a esmeralda que possui todos os poderes que abrangem a fartura, o equilíbrio mental e de consciência, a constância e o trabalho, mas principalmente a magia. Outra pedra deste Orixá: quartzo verde.
Orixá Odé – energia que precedeu Oxossi no Panteão, podemos utilizar o lápis lázuli ou a safira azul, ambas trabalham a abertura mental e a conexão espiritual.
Orixá Oxum – a energia da riqueza pode ser canalizada através da pirita e do citrino, já a energia do amor pode ser canalizada pelo quartzo rosa, rodocrosita e também a lepdolita. Outra pedra deste Orixá: ametista.
Orixá Iansã – para esta energia utilizamos o metal cobre em artefatos ou podemos nos beneficiar também da energia da ágata de fogo. Outra pedra deste Orixá: citrino.
Orixá Xangô – Utilizamos a energia do rubi que é entre outras coisas, canal da Justiça Divina. Outra pedra deste Orixá: jaspe marron.
Orixá Obaluayê – poderosas energias de cura possuem as ametistas inclusive para tratar problemas de pele. Outras pedras deste Orixá: quartzo branco e turmalina negra. Como Orixá Omolu usa as pedras: ônix preto e ônix verde.
Orixá Yemanjá – podemos utilizar a sua principal pedra que é a água marinha, pois sua atuação é muito intensa, trazendo calma, paz interior, aproximando as entidades protetoras e limpando o emocional, o mental e o físico de energias nocivas. Mas a nobre pedra de Yemanjá é a safira.
Orixá Oxalá – a Oxalá pertencem as pedras brancas, mas em especial o cristal branco que simboliza a fé, a harmonia e a purificação. Outra pedra deste Orixá: quartzo transparente.
Orixá Ossaim – também utilizamos para Ossaim, a esmeralda, principalmente lapidada em forma de tartaruga.
Orixá Oiá – usa quartzo fumê.
Orixá Oxumaré – usa quartzo azul.
Orixá Obá – usa madeira petrificada.
Orixá Egunitá – usa ágata de fogo
Orixá Nanã – usa ametrino
Cristais e pedras são luzes, veículos de boas energias e devemos utilizá-los com sabedoria, pois, se esta nos faltar, com certeza os ensinamentos se apresentarão em nossa caminhada e nunca de maneira 
Meu amigo, meu enigma, minha curiosidade!
Por vezes estamos num diálogo amistoso de verdadeiras descobertas; entretanto, um de nós é perdedor – eu.
Cavaleiro imperioso e requintado, te apresentas aos meus olhos, alegre, forte, másculo, com sorriso franco, sarcástico e, por vezes, com uma irônica maldade, rápida e sagaz.
Desvendas as misteriosas cortinas do mundo; és atuante em todas as situações. Tiraz de mim a inércia, o desânimo, e fazes com que eu veja o mundo, aqui deste lado da Terra, bem melhor.
Na presença de tua vibração, escuto as melodias tangerem até mesmo as cordas do meu coração; dás-me a energia para a luta e envolves-me em tua capa contra os perigosos inimigos. Com teu sabre, agilmente cortas os empecílhos; com tua sabedoria, ceifas minha ingenuidade.


Algumas caracteristicas da Vibração dos Exus
Hábitat
Encruzilhadas de Terra, Cemitério, Ambientes da Natureza
SincretismoNão há
VibraçãoProteção, guarda
AtuaçãoAjuda material
Parte do CorpoPés e Mãos
Essências
Canela (exus de encruzilhada), Cedro (exus de Calunga)
Pedras
Ágata ( Exus das Encruzilhadas), Ônix ( Exus da Calunga)
Metal
Ferro, aço (Exus das encruzilhadas); Mercúrio ( Exus da Calunga)
Flores
Cravos diversos
Banhos de descarrego
Canela (exus de encuzilhada), Cedro (exus de Calunga)
Libação
Aguardente, Rum, Wisque, Graspa
Imantação
Existem diversas, porém a mais comum é o Padé ou Ebó completo, normalmente à base de farinha de mandioca misturada ao Azeite de Dendê.

BABÁ ORUNMILÁ

 O SENHOR DA VISÃO E DO ORACULO.
NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL: KABINDA, OYÓ, JEJE, IJESÁ, NAGÔ E CONGÔ

ESCLARECIMENTO: BABÁ ORUNMILÁ TEM PASSAGEMS

DE IDADE COMO QUALQUÉR OUTRO ORISÁ, PORTANTO

ELE NÃO TEM NESCESSARIAMENTE QUE SER VELHO.
(ASSENTAMENTO DE ORUN-MILÁ NA AFRICA)

ORUNMILÁ/Ifá
A importância de ORISÁ BABÁ ORUNMILÁ é tão grande que chegamos a concluir que se um homem fizer algum tipo de pedido ao todo poderoso *OLORUN* (*DEUS*, o Senhor dos Céus), esse pedido só poderá chegar até Ele através de BABÁ ORUNMILÁ e/ou ELEGBARÁ, que são somente eles dois dentre todos os Orisás os que têm a permissão, o poder e o livre acesso concedido pôr *OLORUN* de estar junto a Ele, quando assim for nescessário. Ainda vale ressaltar que somente o ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ possuem para si um culto individual, onde são feitos adorações totalmente específicas para os mesmos, também são eles os únicos que podem possuir para somente o seu culto um sacerdote específico. Isso só é possível pôr causa dos poderes delegados pelo todo poderoso a eles, pois os demais Orisás são totalmente dependentes do ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ, enquanto que eles não dependem de nenhum dos Orisás para desenvolverem sua própria evolução, ou seja, o culto à ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ e ELEGBARÁ não dependem do culto aos Orisás, entretanto o culto aos Orisás dependem totalmente deORISÁ BABÁ ORUN-MILÁe ELEGBARÁ.
O ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é o senhor dos destinos e da visão no oráculo e fora dele, é quem rege os o plano onírico (sonhos), é aquele que tudo sabe e tudo vê em todos os mundos e universos criados por *OLORUN* pois foram criados por ele, ele sabe tudo sobre o passado, o presente e o futuro de todos habitantes da Terra e do Céu, é o regente responsável e detentor dos oráculos, foi quem acompanhou Odudua na criação e fundação de Ilé Ìfé, ( ILÈ IFÉ CAPITAL POLITICA DA NIGÉRIA NA ÉPOCA E ILÈ OYÓ CAPITAL RELIGIOSA DA NIGÉRIA E BERÇO RELIGIOSO DA AFRICA) é normalmente chamado em suas preces
(ASSENTAMENTO DE ORUN-MILÁ NA AFRICA)
de:
Elérí Ìpín - "o testemunho de Deus''
Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de Deus"Gbàiyégbòrún - "aquele que está no céu e na terra"Òpitan Ìfé - "o historiador de Ìfé"Acredita-se que *OLORUN* passou e confiou de maneira especial toda a sabedoria e conhecimento possível, imaginável e existente entre todos os mundos habitados e não habitados à ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, fazendo com que desta forma o tornasse seu representante em qualquer lugar que estivesse.Na Terra*OLORUN* fez com que ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ participasse da criação da terra e do homem, fez com que ele auxiliasse o homem a resolver seus problemas do dia a dia, também fez com que ajudasse o homem a encontrar o caminho e o destino ideal de seu orì. No Céu lhe ensinou todos os conhecimentos básicos e complementares referente todos os Orisás, pois criou um elo de dependência de todos perante ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, todos devem consultá-lo para resolver diversos problemas, com pôr exemplo, a vinda de OSALÁ à terra para efetuar a criação de tudo aquilo que teria vida na mesma, porém o grande OSALÁ não seguiu as orientações prescritas pôrORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, e não conseguiu cumprir com sua obrigação caindo nas travessuras aplicadas pôr ELEGBARÁ.

Também o ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ fala e representa de maneira completa e geral todos os Orisás, auxiliando pôr exemplo, um consulente no que ele deve fazer para agradar ou satisfazer um determinado Orisá, obtendo desta forma um resultado satisfatório para o Orisá e para o consulente. 

O ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ sabe e conhece o destino de todos os homens e de tudo o que têm vida em nosso mundo, pois ele está presente no ato da criação do homem e sua vinda a terra, e é neste exato instante que ORUN-MILÁ-Ifá determina os destinos e os caminhos a serem cumpridos pôr aquele determinado espírito.É pôr isso que OORISÁ BABÁ ORUN-MILÁtem as respostas para toda e qualquer pergunta lhe é feita, e que ele têm a solução para todo e qualquer problema que lhe é apresentado, e é pôr esta razão que ele têm o remédio para todas as doenças que lhe forem apresentadas, pôr mais impossível que pareça ser a sua cura.Todos nós 
deveríamos consultar ORUN-MILÁ-Ifá antes de
tomarmos qualquer atitude e decisão em nossas vidas, com certeza iríamos errar menos, os Yorubás consultam ORUN-MILÁ-Ifá antes de tomarem qualquer decisão, com pôr exemplo, antes de um casamento, antes de um noivado, antes do nascimento e até mesmo na hora de dar o nome a criança, antes da conclusão de um negócio, antes de uma viagem, etc. Além disto tudo, ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é também quem tem a vida e a morte em suas mãos, pois ele é a energia que esta mais atuante e mais próxima de *OLORUN*, podendo ele ser a única entidade que tem poderes para suplicar, pedir ou implorar a mudança do destino de uma pessoa.ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ, encontra-se num plano mítico e simbólico superior ao dos outros orixás. Se *OLORUN* é o ser supremo dos Yorubás, o nome que dão ao Absoluto, ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ é a sua emanação mais transcendente, mais distanciada dos acontecimentos do mundo sub-lunar.Na tradição de Ifé é o primeiro companheiro e "Chefe Conselheiro" de Odudua quando da sua chegada à Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itase, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a mais alta autoridade em matéria de adivinhação, pelo sistema chamado Ifá. É também chamado Àgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas.Os babalaôs (pais do segredo), são os porta vozes de ORISÁ BABÁ ORUN-MILÁ. A iniciação de um babalaô não comporta a perda momentânea de consciência que acompanha a dos orisás(ISSO NA AFRICA E EM ALGUNS KANDOMBLÉS,PORQUE EM OUTRÁZ NAÇÕES BABÁ ORUN-MILÁ DESCE EM SEUS INICIADOS SIM). É uma iniciação totalmente intelectual. Ele deve passar um longo período de aprendizagem, de conhecimentos precisos, em que a memória, principalmente, entra em jogo. Precisa aprender uma quantidades de Itans (histórias) e de lendas antigas, classificadas nos duzentos e cinqüenta e seis odú (signos de Ifá), cujo conjunto forma uma espécie de enciclopédia oral dos conhecimentos do povo de língua Iorubá.Cada indivíduo nasce ligado a um Odu, que dá a conhecer sua identidade profunda, servindo-lhe de guia por toda vida, revelando-lhe o Orisá particular, ao qual deverá ser eventualmente dedicado. ORUN-MILÁ-Ifá é sempre consultado em caso de dúvida, antes de decisões importantes, nos momentos difíceis da vida.

NAS NAÇÕES CULTUADAS NO RIO GRANDE DO SUL,  SOMENTE QUEM TEM O IGBÁ=(ASCENTAMENTO) DE BABÁ ORUN-MILÁ

É QUE PODE JOGAR OS BUZIOS

Igbá = VASILHA e ferramentas para orunmilá:  bacia de louça, 16 pratos, 16 moedas e 16 buzios, jóias em ouro branco, estanho, prata, igbin=(ebí), sol, cajado, opasorô, triangulo, pomba de prata, um içabá=(quartinha de barro pintado de branca) e um par de olhos de prata ou de vidro. 

Juntós para babá orunmilá: orunmilá com Osum Dokô ou com yemanjá Bomí OU OLOBOMÍ.

ANIMAIS para BABÁ ORUNMILÁ: cabrita branca, galinha branca, casal de patos, casal de ponbos e casal angolistas=(angóla branca=etun) E 1 galinha preta que é  sómente usada para dar o asé de buzios.

COMIDA: EBÔ BRANCO COM EYIN REGADO COM OIN (ebô=canjica branca com 2 metades de ovo=eyin cozido representando os olhos regdos com oin=mel)

FLORES: brancas sem espinho

CÔR: branco e preto.

DIA DA SEMANA; babá orun-milá apesar de não ser um osalá é um orisá funfun do mesmo clã de osalá e portanto responde no domingo junto com osalá.

SAUDAÇÕES: oduá e também epaô babá !!!

Oduá oloodú = salve o senhor do destino !!!,

Gbàiyégbòrún ORUN-MILÁ = aquele que está no céu e na terra"

Òpitan Ìfé - "o historiador de IFÉ,

Ibìkéjì Olódúmarè - "o vice de *OLORUN*

Elérí Ìpín - "o testemunho de *OLORUN*''

ORUNMILÁ NO NOVO MUNDO

A complexa tradição dos babalaôs, que exige muitos anos de memorização dos odus e seu significado não foi transmitida no Brasil. Foi substituída por métodos de adivinhação mais simples, derivados do sistema de orun-milá, como o jogo de buzios com ligação direta com babá Orun-milá, aparentemente neste jogo que é feito dentro da delogun com 16 buzios = merindilogun = jogo com 16 buzios são todos os orisás que dão as respostas, más não é assim que funciona, pois somente orun-milá conhece o destino então ele permite aos orisás que respondam nos buzios através do própio babá orun-milá, este é o motivo que no sistema de buzios que é dado no rio grande do sul é obrigatório o acentamento de babbá orun-milá pois as respostas dadas pelos orisás são captadas através de orun-milá.
JOGO DE BUZIOS MERINDILOGUN DENTRO DO OPON = (TABUA) AONDE SE JOGA OS BUZIOS QUE TANTO PODE SER JOGADO NO SISTEMA MERINDILOGUN ATRAVÉS DE ORUN-MILÁ, COMO É FEITO NAS NAÇÕES  OU NO SISTEMA DE ODÚS USADO NO KANDOMBLÉ.
ARQUÉTIPO DOS FILHOS(ª) DE ORUN-MILÁ


Os filhos de ORUN-MILÁ, portanto, são pessoas tranquilas, pelo menos na aparência, com tendência à calma, até nos momentos mais difíceis.
Conseguem o respeito mesmo sem que se esforcem objetivamente para obtê-lo.
São amáveis e pensativos, mas nunca de maneira subserviente.
Às vezes chegam a ser autoritários, mas isso acontece com os que têm Orisás guerreiros ou autoritários como junto= (orisá do corpo).
Sabem argumentar bem, tendo uma queda para trabalhos que impliquem em organização.
Gostam de centralizar tudo em torno de si mesmos.
São reservados, mas raramente orgulhosos.
Seu defeito mais comum é a teimosia, principalmente quando têm certeza de suas convicções, será difícil convencê-los de que estão errados ou que existem outros caminhos para a resolução de um problema.
Possuem um pensamento engendrado e a constante reflexão sobre todos os aspectos da sua existência.
Os filhos dele não gostam de pedir ajuda aos outros.
Uma característica marcante é a honestidade(nem sempre).
Seus ideais são levados até o fim, mesmo que todas as pessoas sejam contrárias a suas opiniões e projetos. Gostam de dominar e liderar as pessoas.
São muito dedicados, caprichosos, mantendo tudo sempre bonito, limpo, com beleza e carinho.
Respeitam a todos mas exigem ser respeitados.
Os homem de Orunmilá, charmosos, fazem questão de ser o centro das atenções e está à procura de plateias dispostas a ouví-los falar sobre seus assuntos prediletos. Um deles é a mulher. Conquistador compulsivo, mais do que qualquer coisa, ele gosta é de se exercitar no jogo da conquista, e assim que ganha a mulher , desinteressa-se dela.
Balança um pouco quando encontra uma mulher liberal pela frente que é, no fundo, a parceira que gostaria de ter. Só que estas mulheres o assustam. Como também o assusta a ideia de tomar a iniciativa no campo sexual.
Suas afinidades são com mulheres de Oxalá, Oxun, Iemanjá, Oiá e Nanã.
Enquanto que as mulheres de Orunmilá, são fácil de distinguir das outras mulheres, pois são aquelas de aparência tímida, mas muito bem produzida em termos de roupa e maquiagem.
À primeira vista parece uma conquistadora experiente, mas na verdade não sabe como agir depois que chamou a atenção do público masculino.
Mas mesmo assim, sente-se perfeitamente à vontade em festas, adora uma badalação, um carro bonito, amizades importantes.
E é justamente por um homem que possa lhe oferecer essas coisas que ela se apaixona.
Sexualmente, gosta de ser comandadas e sabem como ninguém usar o ciúme. 
Tem mais afinidades com homens de Osalá, Osun, Yemanjá, Osumarê, Odé .
(OPON = TABUA DE JOGAR OPELÉ = NOZES DE COLA OU BUZIOS)
ORIKI = reza falada 
Iba Olodumare
salve Olodumare, eu o saudo Deus maior
Iba OrunmilaEu saúdo Orun-miláIba yemanjá Orisa IleEu saúdo YEMANJÁ, a dona da casaIba IrunmoleSaúdo os Irunmole, os OrisásIba Ile Ogeere afoko yeri
Saúdo a terra
Iba atiyo OjoSaúdo o dia que amanheceIba atiwo Oorun
Saúdo a noite que vem
Iba F'olojo oni
Saúdo o dono do dia
Iba Eegun IleE saúdo o Egun da casa, nosso ancestralIba Agba
Saúdo os velhos sábios
Iba Babalorisa
Saúdo o pai-de-santo
Iba Omo Orisa
Saúdo os filhos-de-santo
Iba Omode
Saúdo as crianças
Awa Egbe Odo Orunmila juba O, Ki iba wa seNós, que cremos em Orun-milá, saudamos e esperamos queT'omode ba juba baba re, agbe'le aye peOrun-milá ouça nossa saudaçãoAda se nii hun omoO filho que reverencia seu pai tenha longa vida e por nada sofreráIba kii hun omo eniyanQue a nossa saudação a nós poupe sofrimentosAkoogba kii hum oloko
Que as plantas boas não falhem ao agricultor
Atipa kii hun oku
Que aos mortos não falte sepultura
Aso funfun kii hun olorisa
Que a Orisalá não falte o pano branco
Kaye o-ye wa oPara que o mundo nos seja bomKa riba ti seQue nossos caminhos se abramKa, ma r'ija Omo araye O
Que não vejamos a discórdia dos povos sobre a terra
Ka'ma r'ija eleye ONem a obra das feiticeiras, Ia Mi AshorongáAjuba O ! A juba O!! A juba O!!!Nós saudamos, saudamos, saudamos A ORUN-MILÁ

ORIKI = reza CANTADA
BABÁ ORUN-MILÁ BABÁISORO ORUN-MILÁIA.
BABÁ ORUN-MILÁ BABÁISORO ORUN-MILÁIA.

YÉW YÉW BABÁ ORUN-MILAÍÁ
YÉW YÉW BABÁ ORUN-MILAÍÁ

BABÁ ORUN-MILAÍÁ,
ORUN-MILAÍÁ SORO
BABÁ ORUN-MILAÍÁ,

ORUN-MILAÍÁ SORO
(não se esqueça de quê o w tem som de u, e o s com tracinhos em baixo tem som de x ( porem aqui não deu para colocar o tracinho em baixo do s)

ITÃN DE ORUN-MILÁ
QuandoOrun-milá (Òrún-mìlá) se cansou de viver na terra e da incompreensão dos homens, resolveu ir para o Òrún, mas antes, deu a cada um de seus 8 filhos, 2 caroços de dendezeiro (IKIN), e disse a eles, que quando precisassem, bastava que jogassem os IKIN e teriam as respostas. Deixando claro que o mais importante, era que eles se unissem, assim como o grupo deverá se manter unido .




ITÃN DE BABÁ ORUN-MILÁ
Como se explica a grande amizade entre Orun-milá e bará, visto que eles são opostos em grandes aspectos?
Orun-milá, filho mais velho de *OLORUN*, foi quem trouce aos humanos o conhecimento do destino pelos búzios. bará, pelo contrario, sempre se esforçou para criar mal-entendidos e rupturas, tanto aos humanos como aos Orisás. Orun-milá era calmo e bará, quente como o fogo.
Mediante o uso de conchas adivinhas, Orun-milá revelava aos homens as intenções do supremo *DEUS* *OLORUN* e os significados do destino. Orun-milá aplainava os caminhos para os humanos, enquanto bará os emboscava na estrada e fazia incertas todas as coisas. O caráter de Orun-milá era o destino, o de bará, era o acidente. Mesmo assim ficaram amigos íntimos.
Uma vez, Orun-milá viajou com alguns acompanhantes. Os homens de seu séqüito não levavam nada, mas Orun-milá portava uma sacola na qual guardava o tabuleiro e os Obis que usava para ler o futuro.
Mas na comitiva de Orun-milá muitos tinham inveja dele e desejavam apoderar-se de sua sacola de adivinhação. Um deles mostrando-se muito gentil, ofereceu-se para carregar a sacola de Orun-milá. Um outro também se dispôs à mesma tarefa e eles discutiram sobre quem deveria carregar a tal sacola.
(ASSENTAMENTO = IGBÁ DE ORUN-MILÁ EM CIMA DO OPON = TABUA AONDE SE JOGA OS BUZIOS OU O OPELÉ-IFÁ)
Até que Orun-milá encerrou o assunto dizendo: "Eu não estou cansado. Eu mesmo carrego a sacola".

Quando Orun-milá chegou em casa, refletiu sobre o incidente e quis saber quem realmente agira como um amigo de fato. Pensou então num plano para descobrir os falsos amigos. Enviou mensagens com a notícia de que havia morrido e escondeu-se atrás da casa, onde não podia ser visto. E lá Orun-milá esperou.
Depois de um tempo, um de seus acompanhantes veio expressar seu pesar. O homem lamentou o acontecido, dizendo ter sido um grande amigo de Orun-milá e que muitas vezes o ajudara com dinheiro. Disse ainda que, por gratidão, Orun-milá lhe teria deixado seus instrumentos de adivinhar.
A esposa de Orun-milá pareceu compreende-lo, mas disse que a sacola havia desaparecido. E o homem foi embora frustrado. Outro homem veio chorando, com artimanha pediu a mesma coisa e também foi embora desapontado. E assim, todos os que vieram fizeram o mesmo pedido. Até que Bará chegou. Bará também lamentou profundamente a morte do suposto amigo. Mas disse que a tristeza maior seria da esposa, que não teria mais pra quem cozinhar. Ela concordou e perguntou se Orun-milá não lhe devia nada. Bará disse que não. A esposa de Orun-milá persistiu, perguntando se Bará não queria a parafernália de adivinhação. Bará negou outra vez. Aí Orun-milá entrou na sala, dizendo: " Bará, tu és sim meu verdadeiro amigo!". Depois disso nunca teve amigos tão íntimos, tão íntimos como Bará e Orun-milá.
Devemos nos lembrar de quê o caráter intrigante de elegbará= bará tem seu motivo de ser pois se analizarmos mais de perto nada tem de maldade e sim em muitos aspectos de brincadeira e em outros leva as pessoas ao seu redor a mostrar seu verdadeiro eu, e assim acaba ajudando a manter o equilíbrio das coisas. Alupô Bará !!!

ITÃN DE BABÁ ORUN-MILÁ

Orun-milá (do iorubá Ọrún-mìlà) é na tradição de Ilê-Ifé o primeiro companheiro e “Chefe Conselheiro” de Odùduà quando de sua chegada a Ilê-Ifé. Outras fontes dizem que ele estava instalado em um lugar chamado Òkè Igèti antes de vir fixar-se em Òkè Itaşe, uma colina em Ifé onde mora Àràbà, a maior autoridade em matéria de adivinhação pelo sistema chamado Ifá. Orun-milá é também chamadoÀgbónmìrégún ou Èlà. É o testemunho do destino das pessoas e, por esta razão, é chamado Eléèrì Ìpín
Orunmilá participa nos mitos da vida e das aventuras dos orisás e conta-se que teve relações amorosas com um certo número de orisás, como yemanjá; Ajé, a riqueza, filha de Olókun; e Osun. Teve ainda muitas outras mulheres, entre as quais Oşúmiléyò e Apètèbì, que é o titulo usado pela mulher do babalaô, encarregada de cuidar dos objetos de que ele se serve para fazer a adivinhação. Há ainda sua mulher Odù, cujo símbolo é Igbàdú, a cabaça de Odù.
Os orisás apesar de suas altas posições, consultam orun-milá-Ifá Dois sistemas permitem ao babalaô encontrar o signo de Ifá que está sendo procurado, chave do problema que lhe apresenta o consulente. Um deles é bastante elaborado, manipula-se de acordo com certas regras, 16 caroços dos frutos do dendezeiro, os ikin Ifá; o outro é mais simples e consiste em utilizar um ọpẹlẹ Ifá, uma corrente onde estão enfiadas oito metades de caroço de certa fruta. Uma vez determinado o odù por meio desses processos, a resposta a ser dada ao consulente é encontrada pelo babalaô interpretando o contexto das histórias tradicionais correspondentes.

ITÃN DE ORUN-MILÁ E OSSAYN

MITOS DE ORUN-MILÁ IFÁ FOI CONSULTADO POR ORUN-MILÁ QUE ESTAVA PARTINDO DA TERRA PARA O CÉU E QUE ESTAVA INDO APANHAR TODAS AS FOLHAS. QUANDO ORUN-MILÁ CHEGOU AO CÉU OLODUMARÉ DISSE, "EIS TODAS AS FOLHAS QUE QUERIA PEGAR. O QUE FARÁ COM ELAS?" ORUN-MILÁ RESPONDEU QUE IRIA USÁ-LAS, DISSE QUE, IRIA USÁ-LAS PARA BENEFICIO DOS SERES HUMANOS DA TERRA. TODAS AS FOLHAS QUE ORUN-MILA ESTAVA PEGANDO, CARREGARIA PARA A TERRA. QUANDO CHEGOU À PEDRA ÀGBÀSALÁÀÀRIN AYÉ LÒRUN (PEDRA QUE SE ENCONTRA NO MEIO DO CAMINHO ENTRE O CÉU E A TERRA), ORUNMILÁ ENCONTROU OSSÃE NO CAMINHO. PERGUNTOU: "OSSÃE, ONDE VAI?" OSSÃE DISSE: "VOU AO CÉU, BUSCAR FOLHAS E REMÉDIOS". ORUN-MILÁ DISSE QUE JÁ HAVIA IDO BUSCÁ-LAS. "OLHE TODAS ESSAS FOLHAS", DISSE ELE. AO VÊ-LAS, OSSÃE QUIS TOMÁ-LAS A ORUN-MILÁ, MAS NÃO PODERIA FAZER REMÉDIOS (FEITIÇOS) COM ELAS SEM SABER SEUS NOMES. FOI ORUN-MILÁ QUEM DEU NOME A TODAS AS FOLHAS. ASSIM ORUN-MILÁ NOMEOU TODAS AS FOLHAS NAQUELE DIA. ELE DISSE, "VOCÊ, OSSÃE, CARREGA TODAS AS FOLHAS PARA A TERRA, VOLTE, IREMOS PARA TERRA JUNTOS". FOI ASSIM QUE ORUN-MILÁ ENTREGOU TODAS AS FOLHAS PARA OSSÃE NAQUELE DIA. FOI ELE QUEM ENSINOU A OSSÃE O NOME DAS FOLHAS APANHADAS E APARTIR DAI OSSAYN TORNOU-SE O SENHOR DAS FOLHAS E DAS ERVAS EM GERAL.

(OPON = TABUA DE JOGAR BUZIOS)